O Legado de Kain



A novidade da época eram as lojas aonde jogávamos Playstation 2 por R$ 2,00 a hora. Posso estar errado, mas parecia ser por volta de 2002 quando entrei em uma dessas lojas e enquanto passeava nas páginas do catalogo de jogos me deparei com a imagem de uma espada que me era absurdamente familiar e aparentemente se encontrava completamente fora de contexto.
Hoje, em 2012, quase não tem como não ouvirmos alguém defendendo a história e as tramas de jogos que com o avanço da tecnologia estão sobrepujando os gráficos considerados, com o passar dos tempos, requisito mínimo para a aceitação dos jogos pelo mercado. A melhor prova que me ocorre é a série Assassins Creed, esta apresenta um enredo, muito mais envolvente que a jogabilidade e o gráfico, não digo que estes atributos sejam ruins, foram muito bem desenvolvidos e para a época (2007), eram inigualáveis. O motivo de me referir à série é justamente porque o enredo se fixa como sendo o principal, particularmente a partir do Assassins Creed 2, quando realmente temos seqüências completas envolvendo a necessidade do protagonista e a complexidade da trama em que ele esta inserido.

Dito isso voltamos a 2002 e à espada perdida na capa do jogo, me referia à capa de Blood Omen 2: Legacy of Kain, ao ver aquilo, não tinha como não achar que se tratava de uma continuação de Legacy of Kain: Soul Reaver, até porque o personagem quem empunhava a espada era praticamente o ultimo chefe do primeiro Soul Reaver, porém ainda no mesmo catalogo encontro o titulo Soul Reaver 2. Dada a confusão tive que procurar mais informações sobre o jogo, e como a Wikipédia havia sido fundada a pouco tempo, acredito que eu nem havia ouvido falar dela ainda. Rodei sites de revistas, e sites oficiais para poder juntar as peças e entender que um jogo de 1996, de nome Blood Omen: Legacy of Kain, havia iniciado ( em minha humilde opinião ) aquilo que hoje mais prezamos na industria do entretenimento. A inserção de continuidade e a produção criativa de um universo dividido em camadas com sua própria mitologia.


Não “venho por meio deste dizer” o quão bom a franquia iniciada em 1996 é, acredito que ele sobrevive bem à “Regra dos 15 anos” e acredito que os realmente interessados devam utilizar os hyperlinks para mais informações. Mas não pude deixar de lembrar e registrar aqui que a imersão e todos os conceitos que hoje são tão valorizados, já haviam sido descobertos apenas não no momento propício para que ele vingasse como hoje o mercado permite que boas franquias e as vezes até algumas de nicho mais específico tenham espaço para dar o retorno merecido aos seus produtores.


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